O que são Resíduos Industriais?

O que são Resíduos Industriais? 

Os resíduos da produção industrial, responsáveis ​​pelos maiores danos ao meio ambiente, requerem tratamento e manejo especiais.

Cinzas, lamas, óleos, solventes, ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, vidro e cerâmica. Todos são classificados como resíduos industriais, se não dispostos de forma adequada, podem causar sérios danos ao meio ambiente. Em pequena ou grande escala, perigosos ou não, esses resíduos, por serem oriundos de processos de produção industrial, possuem uma composição físico-química que pode ameaçar o ciclo natural do planeta.

E é essa ameaça que as leis ambientais estão tentando conter. Desde 1981, a Política Nacional do Meio Ambiente tornou a poluição um crime e exige que o poluidor indenize pelos danos ambientais. A Política Nacional de Saneamento Básico (2007) e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (2010) estabelecem o compromisso com a boa gestão dos resíduos e impõem essa responsabilidade aos produtores de forma contínua e permanente.

No caso dos resíduos industriais, além das sanções legais, as empresas também podem perder suas certificações ambientais, como a ISO 14001, ou até mesmo ser proibidas de suas atividades se não fizerem o descarte adequado dos resíduos gerados.

O que sao residuos industriais

O que é perigoso e o que não é?

No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 10.004 definiu a metrologia e classificou os resíduos industriais em Classe I (perigoso), Classe II A (não inerte) e Classe II B (inerte). A Classe I inclui aqueles que são considerados perigosos, inflamáveis, tóxicos, corrosivos, patogênicos ou reativos que representam um risco para a saúde pública ou a qualidade do meio ambiente. Por outro lado, os resíduos classe II não são perigosos e são classificados como não inertes (resíduos com características de combustão, biodegradabilidade e solubilidade em água) e inertes (amigos do ambiente).

Os resíduos industriais considerados perigosos incluem, mas não estão limitados a, solventes usados, lama oleosa, produtos abaixo do padrão (tintas, matérias-primas e intermediários), EPI contaminado e lâmpadas fluorescentes.

Os resíduos não inertes podem ser líquidos, gasosos e sólidos e, embora não sejam degradáveis ​​ou contaminados, podem contaminar o solo, os rios e a atmosfera. Com características semelhantes aos resíduos domésticos, esses resíduos podem ser solúveis em água ou combustíveis: plásticos, resíduos de alimentos orgânicos e resíduos de madeira.

Por outro lado, os resíduos inertes não causam poluição profunda, mas podem causar muito lixo que entope os esgotos das grandes cidades. Eles não se decompõem com o tempo: sucata, latas de alumínio e vidro.

Todos esses resíduos, perigosos ou não, devem ser coletados, transportados, manuseados e descartados de forma adequada de forma a não agredir o meio ambiente.

Como é o tratamento de Resíduos Industriais?

O tratamento de resíduos industriais parte do pressuposto de que este é o alicerce da sustentabilidade em toda a cadeia produtiva: máximo reaproveitamento antes do descarte. A proposta é que as indústrias gerem o mínimo de resíduos possível, segreguem, reaproveitem e reciclem o máximo possível.

Essas etapas também são levadas em consideração no tratamento e destinação dos resíduos já destinados aos centros especializados de processamento do serviço. Parte do material pode ser reutilizado para uma finalidade chamada coprocessamento. É quando os resíduos sólidos industriais são utilizados para geração de energia ou reposição de matéria-prima, ou mesmo encaminhados para reciclagem. O que não pode ser reaproveitado é encaminhado para aterro industrial (classe I).

Segundo especialistas, o reaproveitamento de resíduos industriais ainda é um problema no Brasil, pois exige o uso de tecnologias de reciclagem e viabilização econômica.

“Este é um desafio tanto para a sociedade civil quanto para a indústria. Precisamos ampliar a discussão sobre o que consumimos, a quantidade de resíduos que geramos e as novas tecnologias que podemos usar para reduzir o desperdício e aumentar a sustentabilidade. A legislação, neste caso, também deve acompanhar a evolução tecnológica em constante movimento.”

Por isso, segundo o engenheiro Mauro Narciso, a educação ambiental é o maior passo do setor.

“Tudo pode ser reaproveitado. Seja em casa ou na indústria. Porém, esse processo depende da consciência e vontade do gerador. As decisões são baseadas em nossos hábitos. Todos são obrigados a evitar a poluição do meio ambiente ”, enfatiza.

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